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Artistas que trabalham com cianotipia #17

 Mais um mês, mais um artista na nossa rúbrica "Artistas que trabalham com cianotipia". Para este mês trazemos a artista britânica Anne Guest. Segundo a própria, Anne cria peças de arte únicas e originais inspiradas na beleza, fragilidade e vulnerabilidade do mundo natural. Passa muito do seu tempo imersa na natureza uma vez que o seu estúdio tem vista para o campo em North Worcestershire. Costuma obter inspiração para ideias enquanto passeia os seus cães, anda a cavalo ou faz apicultura. Embora Anne use uma variedade de mídias para o seu trabalho artístico, atualmente explora a cianotipia pois gosta da combinação de materiais naturais com colagem e com a cor monocromática que o processo apresenta. Anne tem um mestrado em Belas Artes e expõe com regularidade tanto individualemnte como em colectivo. Foi selecionada para várias exposições e prémios, incluindo o Prémio de Desenho Jerwood e Ruskin. O seu trabalho pode ser encontrado em exposições públicas e privadas. As imagens que apresentamos acima fazem parte do projecto "Wild Clocks" que explora ideias acerca da influêcia que a rotação do sol tem na fauna e na flora; e as imagens abaixo fazem parte do projecto "The naturalists" que é uma série de imagens que celebra as contribuições que as mulheres naturalistas fizeram na conservação das espécies. 

Podem consultar o seu website aqui e as suas redes sociais aqui. Esperamos que tenham gostado, para o mês que vem haverá novos artistas por aqui. Até lá, boas férias, se for o caso :)

Vamos voltar à Chamusca para o festival Analógica

Nos dias 22 a 24 de Setembro deste ano vai acontecer mais uma edição do festival "Analógica" na Chamusca, distrito de Santarém. E claro, nós vamos estar presentes! Vamos estar no domingo de manhã na feirinha que decorrerá o dia todo. Além disso estarão também presentes no festival actividades como exposições, visitas guiadas, passeios fotográficos entre outras coisas. Se estas não são razões suficientes, espreita o resto do programa. Vemo-nos por lá?

Como fazer negativos sem usar o Photoshop

Queres aprender a fazer negativos das tuas imagens sem usar o Photoshop?

Muitas pessoas ficam atrapalhadas por não terem o Photoshop quando chega a hora de editar uma imagem. Há quem use diferentes aplicativos ou quem faça com o próprio editor que já vem configurado no telemovel. Nós aqui vamos dar-te apenas mais uma opção. O site Lunapic é um editor de imagens que te permite aplicar diferentes filtros mas também fazer alguns ajustes básicos. Para fazeres o teu negativo, tudo o que tens de fazer é clicar em "upload", "escolher o ficheiro" e selecionares dentro do teu ambiente de trabalho, qual a imagem que queres trabalhar.

Assim que a imagem estiver aberta basta passá-la para Preto e Branco. Para isso clicas em "Filters" e depois "Black and White".

Após veres que a tua imagem está efectivamente a preto e branco, vamos inverter as cores, tornando-a no seu negativo. Para isso voltamos a clicar em "Filter" e de seguida em "Negative". 

Uma vez que já temos a nossa imagem negativa, basta guardá-la novamente no nosso computador fazendo "File" e de seguida "Save Image". Irá aparecer depois as diferentes opções de ficheiro e poderão guardar como jpeg, por exemplo. 

Uma vez guardada a imagem basta levar a uma papelaria ou centro de cópias e pedir que imprima em acetato. Também podem adquirir acetatos para impressoras a jato de tinta e imprimir na vossa impressora de casa. Não há desculpas para não imprimirem as vossas imagens em cianotipia! Alguma questão que tenham, podem sempre perguntar. Vamos transformar as nossas fotografias em peças originais?

Artistas que trabalham com cianotipia #16

Para quem não sabe, no final do mês passado e ínicio deste mês, nós fomos, pela segunda vez, à Islândia. E portanto pensámos que podíamos adaptar este mês ao tema: Islândia. E, como tal, não poderíamos trazer um artista para esta rúbrica, que não fosse islandês. Foi então que decidimos vir aqui dar a conhecer a artista Igna Lisa Middleton e o seu projecto "Thoughts of Home". Igna tem dupla nacionalidade (inglesa e islandesa) e após formar-se em fotografia, cinema e animação, trabalhou com vários clientes na indústria do cinema e da fotografia comercial até que, como tinha um fascínio pela fotografia experimental, decidiu começar a expor as suas cianotipias. De entre os seus projectos destacam-se "Oceans in the Age of Humans", Phytoplankton", "Underwater Wonders", "Tip of the iceberg" e "Thoughts of Home". 

Este último projecto consiste numa série de cianótipos sobre a Islândia. As imagens têm duplo significado: por uma lado elas ilustram símbolos poéticos da Islândia, e por outro mostram a sua utilidade prática. Por exemplo as cascatas fabulosas que funcionam como uma força de energia hidroelétrica; o cavalo islandês que durante muitos anos serviu como único meio de transporte no país, etc. Podem ver todos os seus projetos no seu site e também segui-la através das redes sociais

Cianotipia botânica vs Cianotipia fotográfica

Existem diferenças entre cianotipia botânica e cianotipia fotográfica? Em que consiste uma e outra?

Há uns tempos atrás, um cliente veio ter connosco a perguntar se o nosso material dava para fazer "cianotipia botânica". Primeiro achámos o termo engraçado e depois perguntámos o que queria ele dizer com isso, uma vez que não conhecíamos o termo. Ao que parece, há formadores que quando dão workshops fazem a distinção entre um e outro termo, coisa que para nós não faz muito sentido, uma vez que o processo é sempre o mesmo: cianotipia. Como fazer então distinção entre a cianotipia que imprime imagens fotográficas e a restante? Bem, nós quando damos workshops costumamos fazer a distinção entre fotografias e fotogramas. A fotografia impressa necessita de um negativo ao passo que os fotogramas utilizam objectos que são postos diretamente em contacto com a emulsão. Esses objectos podem ser flores e plantas ou podem ser outras coisas como botões, tesouras, peças de roupa, plásticos entre tantas outras coisas! Pelo que chamar-lhe "cianotipia botânica" parece um pouco despropositado, até porque, pode levar a pensar que estamos a apresentar um novo método que ao invés de usar sais de ferro, utiliza algum tipo de plantas naturais, o que não é verdade... Para isso teríamos de arranjar termos para todos os tipos de objectos que colocamos em cima da nossa emulsão... Portanto, respondendo à questão "qual a diferença entre ambas?", a resposta é "nenhuma!" e sim, os nossos químicos permitem fazer todo o tipo de cianoitpia :)

Esperamos ter desfeito esta dúvida mas se houver mais questões do mesmo género, por favor contactem-nos.

Até breve!