Este mês queremos falar-vos um pouco da artista Isa Marcelli, até porque lançou agora o seu livro "See untill I see no More" que nós já temos na nossa estante e, embora não seja um livro com cianotipias suas, descobrimos que a cianotipia também é um dos seus meios de expressão. Isa Marcelli nasceu em 1958 em Paris e começou a sua carreira ligada à decoração. Só em 2008 é que desenvolve um interesse pela fotografia e começa a trabalhar na sua câmera escura, procurando maneiras de interpretar as suas imagens numa busca pictorialista. Até hoje ela pratica fotografia de grande formato imprimindo as suas imagens com diversos processos alternativos de impressão tais como o colódio húmido, o platinum-palladium, a goma bicromatada e claro, a cianotipia. A sua obra poética revela um universo sensível, onde a natureza e a humanidade se misturam , entregando uma visão do mundo imbuída da fragilidade do existir. O seu trabalho pode ser visto em galerias e museus um pouco por toda a França e também em várias publicações como a Shots Magazine, Eye Magazine e Black+White Photography Magazine. Fez algumas exposições em nome individual e também em nome colectivo e ganhou alguns prémios. Foi nomeada também para o HOT 100 fotógrafos 2021. O seu projecto Blue Moon feito com cianotipias pode ser visto aqui. Podem também segui-la no intagram e no seu site.
Nos dias 10 a 16 de Julho, a cidade de Escópia, na Macedonia, vai ser palco da fotografia analógica alternativa, apresentando assim a segunda edição do festival Zrno. O festival vai contar com diversos workshops e artistas convidados tais como Martina Pavloska, Stefan Stefanovski, Emilija Sandic, Vlado Dimoski, entre outros. "Zrno" significa "grão", o grão que encontramos na fotografia analógica, mas também o grão que remete à semente e à plantação. Este festival pretende plantar uma sementinha da fotografia alternativa no mundo contemporâneo, reavivando os processos experimentais e manuais, desfrutando da nossa maior força de energia: o sol. Para verem o programa completo e ficarem a saber mais sobre este festival podem clicar
Este mês trazemos aqui à nossa rúbrica, a artista Rachel Cox. Rachel é uma artista contemporânea que trabalha sobretudo com artes visuais. Possui um mestrado em fotografia pela universidade do Novo México e o seu trabalho foi amplamente divulgado nos Estados Unidos e não só. Expôs em sítios como o Kemper Museum of Contemporary Art, o Cincinnati Contemporary Arts Center, o festival de fotografia de Belfast, Photo London e o Museu del'Elysee em Paris. Também apareceu em diversas revistas como a Time, Feature Shoot, Dodho, Te Guardian entre outros. Este trabalho que apresentamos aqui intitula-se "Wake up" e foi realizado entre 2020 e 2022, todo ele em cianotipia com viragem. Sobre o projecto a autora diz "Recentemente tenho explorado a ideia do que é um lar. O que significa esse termo para mim e para os outros, e as formas como os americanos veem o lar como uma instituição que significa riqueza, prosperidade e harmonia. (...) As casas nesta obra são como uma metáfora, uma construção que possui a capacidade de moldar a mente das pessoas e a compreensão sobre o mundo. Exploro a ideia de lar não apenas como um símbolo mas também como uma instituição onde as práticas de tolerância e empatia variam amplamente (...)"


