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Postagens de blogs marcadas com 'processos alternativos'

Artistas que trabalham com cianolúmens

Olá a todos, esperamos que se encontrem bem. Já tínhamos saudades de escrever um post aqui no blog e portanto, uma vez que estamos a dar workshops de fitogramas, lúmens e cianolúmens, achámos que seria uma ideia interessante mostrar-vos o trabalho de alguns artistas que trabalham com cianolúmens, até para vos despertar um bocadinho o interesse e ver que outras coisas é possível fazer com estas técnicas. O cianolúmen, como já referimos aqui no blog anteriormente, é uma combinação de lúmen com cianotipia (podes cosultar o artigo que escrevemos aqui). E por essa razão, os resultados são sempre um pouco imprevisíveis uma vez que depende do papel que usamos, da quantidade de exposição solar, da fora como os químicos interagem entre si, entre outros factores. Ainda assim e apesar da imprevisibilidade, os resultados podem ser bastante interessantes!

O primeiro artista que vos queremos mostrar é então a Mary Thomas cuja conta de instagram é @marytcyanolumen e que trabalha tanto com plantas e outros elementos naturais, como com combinações de ilustrações de Ernest Haeckel. A Mary é uma artista do País de Gales que começou a sua jornada nos processos alternativos de impressão já depois de se reformar de uma carreira como professora em 2014. Começou com a cianotipia e depois a cianotipia húmida. O seu amor pela experimentação foi crescendo e conduziu-a até aos cianolúmens, a sua força máxima de expressão. 

A segunda artista que vos trazemos é Annemarie Borg, nascida na Suiça mas vive no Reino Unido. Trabalha sobretudo com elementos naturais e nos seus trabalhos tenta expressar as suas preocupações sobre a importância da beleza e da generosidade da natureza. As suas experimentações com cianotipia continuam e agora está a introduzir tinta e outros substratos nas suas obras. 

A próxima artista que vos queremos dar a conhecer é a Jo Stephen. Jo começou por experimentar o processo de cianotipia como forma de imprimir as suas fotografias em casa mas cedo começou a explorar os fotogramas feitos com plantas, folhas e outros objectos encontrados. Começou por explorar mais e mais e apaixonou-se pela cianotipia húmida tendo explorado váriasprodutos que tinha na sua cozinha como vinagre, paprika, sal, sumo de limão, entre outros. As penas de pavão são o seu objecto favorito para fazer impressões de cianotipia húmida e cianolúmens. Podem consultar o seu instagram em @joannunaki.

A próxima artista é a Jane Simmonds, uma artista inglesa que trabalha sobretudo com a natureza e com o elemento "água" que diz ter uma importância crucial no seu trabalho. Além de trabalhar com processos alternativos de impressão fotográfica, a Jane também faz múltiplas exposições e mixed media arte. Para verem mais sobre os seus cianolúmens vão a Cyanolumens - JANE SIMMONDS PHOTOGRAPHIC ART e espreitem também o seu trabalho "Solace in Cyan".

Outro artista que também explora os cianolúmens é o Dan Herrera, um artista e professor que vive em Sacramento, nos Estados Unidos. Inspirado pelo poder dos objectos como meio de contar uma história. As suas imagens misturam narrativa fotográfica com processos alternativos de impressão fotográfica. Podem ver mais sobre o seu trabalho em https://www.danherrerastudio.com/

 

Finalmente, e porque queremos também mostarar um pouco do nosso trabalho, aqui ficam algumas imagens da série "Women in History" que a Inês Valente realizou em 2022 e que ainda está em desenvolvimento, sobre algumas mulheres que tiveram impacto na História da humanidade. Se tiverem curiosidade sobre o projecto podem ler a entrevista dada à Lomography aqui

Esperemos que tenham pelo menos ficado com curiosidade para experimentar e/ou aprender esta técnica. Relembramos que esta e outras técnicas também estão disponíveis na nossa zine de fotografia experimental que podes consultar aqui. E então, ficaram com vontade de aprender este processo? O próximo workshop online é já no próximo dia 22 de Junho! Garante já o teu lugar (aqui). Contamos contigo?

 

É possível fazer fotografia pinhole com cianotipia?

É possível fazer fotografia pinhole com cianotipia?

Já muito pesquisámos sobre o tema e nunca chegámos a uma conclusão plausível. Para começar, para quem não sabe, fotografia pinhole ou fotografia estenopeica é aquela fotografia que se faz sem uma lente, isto é, apenas com um oríficio a servir de entrada de luz. Pode ser feito com uma câmera fotográfica ou com uma caixa ou lata em que, com uma agulha, abrimos um orifício e apenas esse orifício deixa entrar a luz. Se quiserem saber mais sobre este tipo de fotografia existem imensos sites e livros que podem consultar incluindo este. Existe inclusivé o dia mundial da fotografia pinhole que podes consultar aqui.

 

Mas voltando à nossa questão, conseguimos fazer este tipo de fotografia com cianotipia? Em alguns sites diz que é impossível, uma vez que o ISO do papel sensibilizado com cianotipia é muito baixo e portanto quando exposto ao sol através de um oríficio do tamanho de uma agulha, não consegue ser sensibilizado. Noutros sites diz que é possível mas que o tempo de exposição pode ser de vários dias ou meses. Nós quisemos fazer a experiência e vamos mostrar-vos os resultados.

 

Para a nossa experiência, utilizámos uma lata de cerveja como "câmera" e colocámos o papel sensibilizado no próprio dia, mais ou menos uma hora após secar a emulsão. Deixámos a lata numa janela, virada para o exterior durante um mês e o resultado que obtivémos foi este. 

 

Uma vez que na fotografia pinhole obtemos o negativo da imagem e não a imagem final, o próximo passo foi digitalizar a imagem e invertê-la no photoshop. Há uns tempos atrás fizemos uma fotografia pinhole usando papel fotográfico, com esta mesma lata, durante o mesmo período de tempo e portanto podemos comparar os resultados:

Portanto, em jeito de conclusão, sim, é possível fazer pinhole com cianotipia mas os resultados podem não ser tão nítidos como pretenderíamos. Além disso, poderíamos dizer que é mais uma solarigrafia do que uma pinhole devido ao tempo de exposição... A nossa experiência durou apenas um mês, pelo que poderíamos ter resultados diferentes deixando mais tempo exposto, será a nossa próxima experiência! Esperamos ter ajudado a desmistificar um pouco esta questão e convidamo-vos também a experimentar e partilhar connosco as vossas experiências! Até breve!

Fotografia experimental

 

Queres introduzir-te neste mundo da fotografia alternativa/experimental? Então estás com sorte porque estamos prestes a lançar a nossa zine FOTOGRAFIA EXPERIMENTAL: um guia para começares a fazer experiências com fotografia analógica e processos alternativos de impressão, em casa, sem precisares de um laboratório ou conhecimentos em fotografia. Esta zine contém 14 técnicas simples que poderás fazer em casa com muito poucos recursos. Será lançada oficialmente no dia 1 de Outubro, data a partir da qual iremos enviar por correio. Contudo já podes adquiri-la em pré-venda, clicando aqui! 

Nas imagens abaixo poderás ver alguns contéudos presentes da zine. Contém técnicas como a antotipia, cianotipia, fitotipia, lúmens, solarigrafia, entre muitos outros. Será uma edição limitada de 100 exemplares pelo que, se tiveres interesse, apressa-te a comprar antes que esgotem! As primeiras 20 zines terão portes grátis.

5 Revistas sobre Fotografia Alternativa

Como estamos a meio do Verão, e verão pede praia, e praia pede leituras, este mês decidimos trazer-vos 5 revistas/projectos sobre fotografia alternativa que podes e deves consultar. A primeira que trazemos é a revista Analog Forever. Esta revista, fundada em 2018, tem publicação trimestral, contudo, além da revista, o site também oferece reviews sobre livros, exposições colectivas e open calls. O seu objectivo é, segundo os próprios, destacar o que de melhor há na industria de fotografia analógica, incluindo artistas, projectos, curadores e galerias. Cliquem aqui para saberem mais.

 

De seguida temos a revista Aeonian. Esta revista celebra a fotografia experimental de artistas de todo o mundo. É uma comunidade de fotógrafos interessados em todas as coisas experimentais desde técnicas como Polaroids, cianotipias, tintypes, entre muitas outras. Conta já com 9 publicações e é 100% digital e gratuita. Vê mais aqui.

 

Outra das revistas que queremos dar-vos a conhecer e, de facto, já a mencionámos aqui no nosso blog, é a revista The Hand. Apesar de não ser uma revista dedicada exclusivamente à fotografia, a verdade é que contempla todos os processos e técnicas feitas à mão, pelo que, a maior parte das publicações que têm são de fotografias feitas através dos processos alterativos e daí destacarmos aqui para vocês. A The Hand teve inicio em 2013 e desde então tem publicado continuamente quatro edições por ano (Fevereiro, Maio, Agosto e Novembro). O seu objectivo é inspirar, educar e comunicar com artistas usando técnicas únicas, de diferentes mídias, experimentais e baseadas na reprodução. Para verem mais sibre esta revista cliquem aqui.

 

A quarta revista que vos queremos dar a conhecer é a The Sustainable Darkroom. A revista começou como um grupo de pesquisa do London Alternative Photography Collective que desde 2021 opera como uma organização independente. É um programa de pesquisa, treinamento e aprendizado mútuo, dirigido por artistas para equipar os profissionais culturais com novas habilidades e conhecimentos para desenvolver uma prática de câmera escura ecológicamente correcta. Para saberem mais cliquem aqui.

 

E, finalmente, apesar de ainda estar a dar os primeiros passos, queremos dar-vos a conhecer a Bad Print Magazine. Fundada em 2021 a Bad Print é uma plataforma criada por e para fotógrafos emergentes que trabalham com métodos analógicos. A sua missão é criar um espaço para explorar a fotografia analógica nos dias de hoje. Desde exposições online a livros impressos, o objectivo é fornecer uma saída para artistas internacionais. Com sede no coração de Londres compartilham as suas experiências no mundo artístico entre fotógrafos locias e globais mesclando aqui e ali o presente e o passado. Para saberem mais sobre este projecto cliquem aqui

 

E podíamos referir tantos outros projectos interessantes, mas para já, estes são os que têm chamado mais a nossa atenção. Se quiserem partilhar connosco mais projectos de que têm conhecimento e que acham que poderia ser bom para e trocarmos ideias, deixem aqui nos comentários. Até breve!

Dia mundial da Antotipia 2023

Hoje, dia 19 de Agosto de 2023, comemora-se o dia mundial da Antotipia. Esta data simbólica foi estabelecida pelo colectivo Aternative Photography e este é apenas o segundo ano do evento. Para o celebrar, todos aqueles que costumam praticar esta técnica, foram convidados a enviar uma imagem que fosse uma antotipia. A galeria do evento já está disponível aqui e algumas das imagens serão escolhidas para integrar o segundo volume do livro "Anthotype Emulsions". Além de tudo isto, o dia 19 de Agosto é também conhecido por ser o dia mundial da fotografia pelo que existem mais do que muitos motivos para hoje ser um dia especial! E tu, como o vais festejar? As antotipias presentes na imagem são respectivamente: curcuma, amoras, beterraba e planta do betadine.