
Existem diferenças entre cianotipia botânica e cianotipia fotográfica? Em que consiste uma e outra?
Há uns tempos atrás, um cliente veio ter connosco a perguntar se o nosso material dava para fazer "cianotipia botânica". Primeiro achámos o termo engraçado e depois perguntámos o que queria ele dizer com isso, uma vez que não conhecíamos o termo. Ao que parece, há formadores que quando dão workshops fazem a distinção entre um e outro termo, coisa que para nós não faz muito sentido, uma vez que o processo é sempre o mesmo: cianotipia. Como fazer então distinção entre a cianotipia que imprime imagens fotográficas e a restante? Bem, nós quando damos workshops costumamos fazer a distinção entre fotografias e fotogramas. A fotografia impressa necessita de um negativo ao passo que os fotogramas utilizam objectos que são postos diretamente em contacto com a emulsão. Esses objectos podem ser flores e plantas ou podem ser outras coisas como botões, tesouras, peças de roupa, plásticos entre tantas outras coisas! Pelo que chamar-lhe "cianotipia botânica" parece um pouco despropositado, até porque, pode levar a pensar que estamos a apresentar um novo método que ao invés de usar sais de ferro, utiliza algum tipo de plantas naturais, o que não é verdade... Para isso teríamos de arranjar termos para todos os tipos de objectos que colocamos em cima da nossa emulsão... Portanto, respondendo à questão "qual a diferença entre ambas?", a resposta é "nenhuma!" e sim, os nossos químicos permitem fazer todo o tipo de cianoitpia :)
Esperamos ter desfeito esta dúvida mas se houver mais questões do mesmo género, por favor contactem-nos.
Até breve!
Este mês trazemos aqui à nossa rúbrica, a artista Rachel Cox. Rachel é uma artista contemporânea que trabalha sobretudo com artes visuais. Possui um mestrado em fotografia pela universidade do Novo México e o seu trabalho foi amplamente divulgado nos Estados Unidos e não só. Expôs em sítios como o Kemper Museum of Contemporary Art, o Cincinnati Contemporary Arts Center, o festival de fotografia de Belfast, Photo London e o Museu del'Elysee em Paris. Também apareceu em diversas revistas como a Time, Feature Shoot, Dodho, Te Guardian entre outros. Este trabalho que apresentamos aqui intitula-se "Wake up" e foi realizado entre 2020 e 2022, todo ele em cianotipia com viragem. Sobre o projecto a autora diz "Recentemente tenho explorado a ideia do que é um lar. O que significa esse termo para mim e para os outros, e as formas como os americanos veem o lar como uma instituição que significa riqueza, prosperidade e harmonia. (...) As casas nesta obra são como uma metáfora, uma construção que possui a capacidade de moldar a mente das pessoas e a compreensão sobre o mundo. Exploro a ideia de lar não apenas como um símbolo mas também como uma instituição onde as práticas de tolerância e empatia variam amplamente (...)"

Já fizemos anteriormente um post sobre como alterar as tonalidades de um cianótipo, se ainda não o leste, clica 
